sábado, 27 de fevereiro de 2016

Poemas Indígenas


Respeito aos índios
Os índios merecem todo o nosso
Respeito, carinho e amor.
Até hoje algumas tribos
vivem em aldeias, preservando com garra sua própria raça.
Quando os portugueses aqui
chegaram já encontraram os índios
vivendo e tomando conta das nossas terras.
Os índios respeitam e preservam a
Natureza. Amam os animais e cuidam
Com carinho, amor e imenso respeito
da nossa fauna e da nossa flora.
Vivem em contato com a natureza e consideram-se
os verdadeiros donos das terras.
Os índios seguem uma alimentação natural e
Saudável, por isso geralmente são fortes, risonhos
E felizes, principalmente aqueles que não têm
Contato com os homens brancos.
Adoram caçar, pescar e plantar!
Tirando da terra sua alimentação e sobrevivência
preferem viver longe da civilização,
pois têm sua própria cultura e suas próprias leis.
Vamos amar nossos índios com todo o respeito
Que eles merecem!
Eles fazem parte da história do nosso povo!
Eles fazem parte da história do nosso país!
É importante que os índios sejam lembrados todos os dias como nossos irmãos,
pois dão exemplo de pureza e dignidade sempre.
Adoradores da lua e do sol,
Vivem em perfeita harmonia com mares, rios e Florestas!
Verdadeiros donos das nossas terras!
Antonio Marcos Pires


SOU TUPIINDIO
Foi o nome que me deram.
A minha origem escolhi.            
Neste solo já lutei.
Nesta história já sofri.
Mas um homem guerreiro,
nunca foge às suas origens,
e nos orgulhamos de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Temos que pisar no chão,
proteger a natureza
de todo coração.
Não importa o que dizem de mim.                              
Importa o que sinto,                                                                             
o que sou,
o orgulho de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Nesse mundo (des)globalizado
temos que resistir.
Homenagear, é manter vivo
um pouco da Geografia, da História...

É ser um homem guerreiro: apocalíptico,
com um destino a seguir.
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.                   
Nesse Brasil miscigenado,
temos que pisar no chão,
valorizar a terra preta
para ensinar na educação.
Ambiental? Pode ser,
o importante é proteger a natureza
de todo coração.
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Não importa o que dizem de mim.
Importa o que sinto,
o que sou,
o orgulho de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Eduardo de Almeida Cunha



ÍNDIO, SIMPLESMENTE ÍNDIO
A mata, desmatada.
Nosso povo humilhado,
Nossa terra roubada,
Nosso povo escravizado.
Plantas medicinais,
Em mãos de multinacionais,
Que roubadas, de forma cínica,
São exportadas e retornam
A  preço de ouro, cheias de química.
Somos uma sociedade milenar,
Temos muito a ensinar.
Para que moto-serra?
Se é tão fácil cuidar da terra,
Preservando a natureza.
Porque assim, com certeza,
Teremos ar melhor para respirar.
O homem-branco,
Fez o seu próprio barranco,
Que está prestes a desmoronar.
O rio está secando,
A temperatura do ar aumentando.
Pejorativamente, dizem que somos ¨índios¨.
Mas não somos nós
Que, com a natureza, estamos acabando.
Somos ÍNDIOS, sim!!
Um povo CIVILIZADO,
Que trata a natureza, a terra, com cuidado,
Para não morrermos de maneira vulgar,
Como vai morrer esse homem branco marginalizado!!!
Somos ÍNDIOs, simplesmente, ÍNDIO somos!!!
Paulo Odair Silva



GARRA DOS NATIVOS
No dia 19 de abril
Uma data importante
vamos comemorar
Pois é dia do índio
Um povo que ajudou
A nação brasileira a se formar.
Não podemos nos esquecer
Da sua grande contribuição
Para a nossa cultura
Na culinária e nos costumes
Um grande legado nos deixou
O TALENTO dos índios
Foi para nós, muito enriquecedor.
Temos o sangue indígena nas nossas veias
Isso prova as nossas qualidades
Povo guerreiro e trabalhador
Isso é Brasil, meu senhor!
Quando os portugueses aqui chegaram
O ÍNDIO encontraram;
Tentou-se  tirar sua identidade
E também o seu valor.
Com autoridade, o branco
Quis mudar  sua tradição
Impôs-lhe uma vestimenta.
Queriam acabar com a sua atuação
De participar da cultura dessa nação.
Os jesuítas queriam,
A sua missão cumprir,
De o ÍNDIO catequizar,
Impor sua religião,
Para neles mandar.
Não foi só isso não.
A língua queria lhe impor
Pois acreditavam que
O que falava não tinha valor.
Mas os índios não eram bobos
Não aceitaram as imposições facilmente
Lutaram contra as armadilhas
Daquela situação deprimente.
Fracos, os índios não são,
Disso, temos certeza.
Possuem garra e coragem
Para defender a sua gente
Se tal feito não conseguiram realizar
Foi pela superioridade DAQUELES
Que só sabem mandar.
Infelizmente, os brancos conseguiram,
O ÍNDIO dominar,
Por possuírem o tal PODER
Que impedia o nativo de a luta continuar.
 Marlene de Sá Reis



SOU ÍNDIO, SOU BRASILEIRO. SOU INDEPENDENTE?
Sou brasileiro
Mas tenho vergonha do passado
E do presente
Quando aqui chegaram “os donos do mundo”
Pra usar o alheio e servir de mau exemplo às futuras gerações – presente vivido
Portanto me envergonho do que aconteceu em mil e quinhentos
Sou brasileiro!
Mas tem uns “mas”
Mas tem pessoas desonestas
Mas tem prostituição infantil
Mas tem o perigo constante
E é aí que baixo minha cabeça
Quando me lembro da corrupção com consequências imediatas
Posso até dizer que sou brasileiro...
Mas preciso dizer tantas coisas:
Salário minguado
Desvios de verbas
Paraísos fiscais
Também tenho que dizer:
O paraíso dos ricos é o inferno dos pobres.
Sou brasileiro!
Mas queria ser daquele belo tempo
Dos índios tupis
Da tribo guerreira
Do povo caraíba
Dos Jês e Tupinambás.
Queria ser do tempo
Em que ninguém era brasileiro
Não precisávamos de dinheiro.
Vivíamos em tribos reunidas, compartilhando os mesmos ideais.
Não havia corrupção, nem ganância pelo poder.
Não havia miséria, nem salários de fome.
Vivíamos da terra, do que nos dava a Mãe-Natureza.
A aldeia era o nosso lar.
Mas amo minha terra
Ela não tem culpa
Só quer o nosso bem-estar social...
Bem que ela tenta produzir e repartir o pão
Davi Machado Portela


INDOMÁVEL
Sou descendente de nativos,
A selva minha identidade,
Viver da caça e pesca,
Da coleta e na liberdade.
Destruíram este conjunto,
Tudo é privado, propriedade
Escravos da “civilização”,
“Progresso”, “confinamento”, cidade.
Sonho com este paraíso,
O sabor puro da terra,
Aqui o sol queima na laje,
Poluição e motores que aceleram.
Impregnado na mata infinita,
Barulho do arco, lançar a flecha.
Muitas portas e janelas,
Aqui batem e se fecham.
Íntegros do eco sistema,
Harmonia com fauna e flora.
Viver nas ruas e calçadas,
E pra comer pedir esmola.
Vivendo entre a loucura,
Nada conheço deste mundo.
Nos exploram com outra cultura,
E para o mercado somos vagabundos.
Clairton Buffon


TRIBUTO AO ÍNDIO
O povo índio merece
Toda consideração,
Pois ele foi dessa terra
O primeiro guardião,
Ou seja, o primeiro clã
Que habitou nosso chão.
Antes de nossa chegada
Como o índio era feliz!
Tinha a mãe natureza
Como suprema matriz
Da qual extraía a seiva
Necessária ao seu matiz.
A mãe natureza era
Ao extremo respeitada
Porque o índio entendia
Que sem ela ele era nada.
Neste tempo, Pindorama,
Realmente foste amada!
Não tinha poluição,
Queimadas, desmatamento.
Não havia inseticida.
Era puro, o alimento.
O globo sorria alegre
Livre do aquecimento.
O índio só extraía,
da natureza, a essência
A qual fosse necessária
À sua sobrevivência.
Tinha então com o meio
Perfeitíssima convivência.
Não tinha capitalismo
Selvagem ou domesticado.
Com união e respeito,
Todo mundo era tratado.
Cada índio tinha o seu
Espaço igual reservado.
Então chegam os europeus
Com o "verdadeiro ideal"
De vida e se escandaliza
Diante do Natural.
Farejam a terra do índio
Como alvo principal.
O índio então vai cedendo
Iludido ou obrigado.
Entrega suas riquezas
Entre elas o legado
Cultural que invadido
Se torna fragilizado.
Quando o índio percebe
Deus! Já é tarde demais...
Os que se diziam amigos
Eram inimigos fatais.
Tomariam suas terras
Com covardia voraz.
Um minuto de silêncio,
Peço ao amigo leitor
Pelo massacre expedido
Que causara grito e dor.
Chamamos dizimação,
Esses atos de horror.
Sinto-me envergonhado,
Caro índio, nesse dia.
Sei que nenhuma desculpa
Vai curar a tirania
Praticada contra ti.
Teu sangue não silencia.
Mesmo assim peço perdão
Por todo o mal que te fiz.
Não é certo massacrar.
Dar vazão à cicatriz
Incurável em função
Da construção de um país.
Se for possível perdoe
Esta vã humanidade
Que se destrói dia-a-dia.
Para ela, na verdade,
O dinheiro e não a vida
Tem maior prioridade.
Percorro quinhentos anos
E ao povo índio contemplo
Na certeza de que ele
É o mais elevado exemplo
De vida a ser seguido
Pelo mundo em qualquer tempo.
 Manoel Messias Belizario Neto


A VIDA DO ÍNDIO
O índio lutador,
Tem sempre uma história pra contar.
Coisas da sua vida,
Que ele não há de negar.
A vida é de sofrimento,
E eu preciso recuperar.
Eu luto por minha terra,
Porque ela me pertence.
Ela é minha mãe,
E faz feliz muita gente.
Ela tudo nos dá,
Se plantarmos a semente.
A minha luta é grande,
Não sei quando vai terminar.
Eu não desisto dos meus sonhos,
E sei quando vou encontrar.
A felicidade de um povo,
Que vive a sonhar.
Ser índio não é fácil,
Mas eles têm que entender.
Que somos índios guerreiros.
E lutamos pra vencer.
Temos que buscar a paz,
E ver nosso povo crescer.
Orgulho-me de ser índio,
E tenho cultura pra exibir.
Luto por meus ideais,
E nunca vou desistir.
Sou Pataxó Hãhãhãe,
E tenho muito que expandir.
 Katherinne Soares

Referência:

http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/indio



Nenhum comentário:

Postar um comentário