segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Obras da Literatura Afro-brasileira

Viola de Lereno
Autor: Domingos Caldas Barbosa


O Desertor, poema herói-cômico
Manuel Inácio da Silva Alvarenga



Motta Coqueiro ou A pena de morte
Autor: José do Patrocínio


Quarto de despejo
Autora: Carolina Maria de Jesus


Ursula
Autora: Maria Firmina dos Reis 


Cantares ao meu povo
Autor: Solano Trindade


Negro Preto Cor da noite
Autor: Lino Guedes 


Recordações do escrivão Isaías Caminha
Autor: Lima Barreto 




REFERÊNCIAS


http://www.ebc.com.br/cultura/2013/11/conheca-os-principais-autores-da-literatura-afro-brasileira

http://limacoelho.jor.br/index.php/Literatura-afro-brasileira-um-projeto-contempor-neo/


REFERÊNCIAS DAS IMAGENS


http://not1.xpg.uol.com.br/memorias-postumas-de-bras-cubasmachado-de-assis-analise/

https://campinasnostalgica.wordpress.com/tag/lino-guedes/

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-715866809-recordacoes-do-escrivo-isaias-caminha-lima-barreto-_JM

http://www.skoob.com.br/cantares-ao-meu-povo-41364ed45260.html

http://blog.jornalpequeno.com.br/dinacycorrea/2013/04/maria-firmina-dos-reis-poetisa-escritora-e-educadora-maranhense

http://homoliteratus.com/quarto-de-despejo-a-escrita-como-valvula-de-escape/

http://www.bibliologista.com/2014/03/motta-coqueiro-ou-pena-de-morte-de-jose.html

http://www.coladaweb.com/download-de-livros/goncalves-dias/primeiros-cantos

http://30porcento.com.br/livro/8526806211-O-Desertor---Poema-Her%C3%B3i-C%C3%B4mico

http://livreiro-monasticon.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html
Obras da Literatura Indígena


Metade Cara, Metade Máscara
Autora: Eliane Potiguara


Xerekó Arandu: A morte de Kretã, O Saci verdadeiro, Larandu o cão falante, Tekoa, As queixadas e outros conto Potiguara
Autor: Olívio Jekupé


Iracema
Autor: José de Alencar


Caçadores de aventura
Autor: Daniel Munduruku


O selvagem
Autor: General Couto de Magalhães


Tekoa: Conhecendo uma aldeia indígena
Autor: Olívio Jekupé


O Guarani
Autor: José de Alencar


Câmera na mão, O Guarani no coração
Autor: Moacyr Scliar


A Terra dos Mil Povos: História indígena do Brasil contada por um índio
Autor: Kaka Werá Jecupé


Maíra
Autor: Darcy Ribeiro


Primeiros Cantos
Os Timbiras
Autor: Antônio Gonçalves Dias



REFERÊNCIAS


http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/10-livros-histórias-indigenas-folclore-brasileiro-738413.shtml

http://www.cartaeducação.com.br/cultura/dez-obras-com-a- tematica-indigena/


REFERÊNCIAS DAS IMAGENS

https://pindoramahistoria.files.wordpress.com/2015/02/livroeliane. jpg?w=331&h=473

https://pindoramahistoria.files.wordpress.com/2015/02/13300303_resized_297x400.jpg? =335&h=450

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/iracemajosealencar.  Jpeg

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/cacadoresaventuras.  Jpeg

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/oselvage

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/tekoa.jpg

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/oguarani

http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/leitura/cameramaoguarani.jpg

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vídeo da Literatura afro brasileira  -  Conexão Futura  -  Canal Futura

 É na literatura negra ou afro-brasileira que as questões relativas à identidade e às culturas dos povos africanos e afrodescendentes são abordadas, por meio de uma escrita que valoriza a herança cultural africana e garante o direito à memória desses povos. Além de conhecer a história, esse tipo de literatura também aborda as angústias da alma e do cotidiano vivido por personagens negras. O reconhecimento da contribuição negra para a literatura brasileira se dá por meio de nomes historicamente consagrados como Machado de Assis, Cruz e Sousa e Lima Barreto. Porém, como anda a produção de autores negros no Brasil atualmente? Vamos conversar sobre o reconhecimento da literatura no estúdio com Conceição Evaristo, escritora e doutora em Literatura Comparada pela UFF, Fernanda Felisberto, professora de Literatura da UFRRJ e, pela internet, com Eduardo de Assis Duarte, professor de Pós-graduação em Letras e Estudos Literários da UFMG e coordenador do Literafro, Portal da literatura afro-brasileira.| Conexão Futura, 04 de setembro de 2015. Apresentação: Juli Wexel

Parte 1/4

Parte 2/ 4


Parte 3/4


Parte 4/4


Referência:

O vídeo está divido em quatro partes para facilitar a sua visualização

https://www.youtube.com/watch?v=oc-GF_n9Vvk
A Literatura Indígena tem um papel importantíssimo para combater o preconceito e a falta de conhecimento a respeito dos indígenas e sua cultura.


Vídeos, ABCD em Revista: Literatura Indígena

Parte 1/3


Parte 2/3


Parte 3/3

Referência:

Acessando o primeiro vídeo, os outros viram em seguida

https://www.youtube.com/watch?v=X--iuqeIsaw

sábado, 27 de fevereiro de 2016

CULTURA INDÍGENA

Os índios brasileiros viviam em um paraíso onde sua cultura era preservada. Porém, na chegada dos europeus, esse delicado contexto foi desaparecendo aos poucos. As intensas emoções que os indígenas compartilhavam em suas aldeias mudaram completamente. Sentimentos de revolta, dor e tristeza são relatados quando observamos seus mitos, rituais, poesias e a cosmologia. Assim, a partir da forma de expressão deles é possível notar o significado de ser índio. Muitos desses sentimentos indígenas nos fazem refletir hoje o passado e o futuro de modo a preservar não só a cultura de um povo, mas de todos.
Figura 1: Índios frequentando a escola
O contato do branco com os índios, desde o início da colonização, sempre foi prejudicial a eles e à cultura indígena em geral, pois funcionaram como elemento destribalizador (arrancar o indígena, por educação artificiosa e prolongada ausência, ao espírito coletivo de onde é originário, no que esse espírito tem de peculiar e humano), pois foram tomadas suas terras e o mais importante de um povo, seus valores culturais.
Com o passar o tempo, foi se perdendo a grande diversidade cultura das tribos indígenas, sem que pudessem ser estudadas. Por outro lado, adaptados ao seu meio ambiente, não possuindo defesas contra as doenças da civilização, muitos morreram por conta das gripes, sarampo, sífilis e outras doenças. Assim, de milhões de indígenas, hoje restaram apenas 350 mil deles. Foram 500 anos onde houve escravidão, catequização, miscigenação e dizimação. Qualquer coisa que se diga sobre os índios do Brasil será pouco. A dívida do branco civilizado para com o indígena é alta e pesada demais.
É através da cultura que há o resgate histórico das diferentes visões de cada etnia indígena. Sabemos que a cultura indígena foi sendo apagada pelo europeu, mas ainda verificamos os vestígios que não são simplesmente banidos da cultura. É algo que está enraizado em um povo e que mesmo sofrendo dominações não se exclui.
No Brasil é a forma de visualizar os mitos, os rituais, a cosmologia indígena e outros que nos fazem observar um novo mundo e uma nova cultura. Cultura esta que foi sendo negada até o século XX, mas uma lei aprovada em 10 de março de 2008, a Lei 11.645, tem como meta mudar esta triste realidade:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”
Figura 2: Índios se formando junto a outros grupos étnicos
Ainda no século XXI essa literatura vem sendo negada, pois a cultura etnocentrista ainda faz parte da história e muitas pessoas, até os mais estudiosos tem preconceitos quanto ao assunto.
  
Religião e crenças

Figura 3: festejo
Fetichistas, os indígenas temem a um Deus bom, conhecido como Tupã e um espírito maligno, conhecido como Anhangá ou Jurupari. Algumas tribos adoravam o Sol (Guaraci – mãe dos viventes) e a Lua, Tupã.
O culto dos mortos era rudimentar, algumas tribos incineravam seus mortos, outras os devoravam, e a maioria, como não havia cemitérios, encerrava seus cadáveres na posição de fetos, em grandes potes de barro, encontrados suspensos tanto nos tetos de cabanas abandonadas como no interior de sambaquis, além disso, os mortos eram pranteados obedecendo-se a uma hierarquia.

Costumes, Produção, Artes e Habilidade

Figura 4: moradias (oca), visão interna
As sociedades indígenas são diferenciadas entre si; línguas distintas, traços de caráter, mitos. Podemos estimar que Os grupos indígenas do Brasil foram classificados em 11 áreas culturais.
Em relação à moradia, os índios costumam morar em ocas ou malocas, que medem mais ou menos 20 metros de comprimento por 10 metros de largura e 6 metros de altura, onde cada maloca possui um chefe daquele grupo.
Na maioria dos grupos o casamento pode ser dissolvido. Preservam a infância da mulher que só pode se tornar esposa após a primeira menstruação. Não existem padrões morais de virgindade ou adultério, tudo se resolve com conversas entre parentes próximos e com acordos entre as famílias. Temos tribos matriarcais, patriarcais, monogamia e poligamia.
Além de sobreviverem da subsistência, eles também costumam construir seus próprios acesubsistêndica.

Tecidos

As vestimentas usadas pelos índios estão relacionadas às necessidades climáticas, à observação da natureza e aos seus ritos e festas. Esta é a razão de usarem quase nada para se cobrirem, uma vez que vivemos em país tropical.

Pintura

Figura 5: elementos da cultura indígena
Os índios pintam seu corpo, sua cerâmica e seus tecidos com um estilo que podemos chamar “abstrato”. Observam a natureza, mas não a desenham. Geralmente não matam as aves para comer, usam apenas suas penas coloridas, que guardam enroladas em esteiras para conservar melhor, ou em caixas bem fechadas com cera e algodão.


Canoas

São usadas principalmente três tipod de canoas. As maiores (igaras, igaratés ou igaraçus), construídas de troncos de árvores rijas; as ligeiras (ubás), feitas de grossas cascas vegetais; e as pequenas e velozes (jangadas), constituíam-se de vários paus amarrados uns aos outros por fibras vegetais.

Cestaria

Figura 6, culinária indígena
Enquanto arte, em cada peça produzida existe também uma preocupação estética, identificando o artesão que a produziu e aquela sociedade da qual ela é cultura material.
Para uso e conforto doméstico, podem-se citar os cestos coadores, que se destinam (filtra líquidos); os cestos tamises, (peneira a farinha) e os cestos recipientes (armazenar conteúdo sólido ou liquido ).

Cerâmica

A confecção de cerâmica é muito antiga e surgiu ainda no período Neolítico, espalhando-se, aos poucos, pelas diversas regiões da Terra. Tradicionalmente, a produção da cerâmica, entre os povos indígenas que vivem no Brasil, é totalmente manual.
Desta forma são produzidos objetos utilitários, objetos votivos ou rituais, instrumentos musicais, cachimbos, objetos de adorno e outros.
A argila é a matéria-prima básica empregada na confecção da cerâmica. O tratamento dado à superfície das peças varia muito de povo para povo e de acordo com o uso que será dado a cada objeto, podendo apresentar-se tosca, alisada, polida, decorada. Finalmente, a louça de barro, como é comumente conhecida, pode ser queimada ao ar livre (exposta ao oxigênio), ficando com uma coloração alaranjada ou avermelhada, ou pode ser queimada em fornos de barro, fechados, que não permitem o contato com o oxigênio, o que deixa uma coloração acinzentada ou negra.

Música

São amantes da música, que praticam em festas de plantação e de colheita, nos ritos da puberdade e nas cerimônias de guerra e religiosas. Os instrumentos musicais são: toró, boré, o mimbi e o uaí.


Referências:

http://m.brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-indigena.htm
http://www.coladaweb.com/cultura/cultura-indigena

Referências das imagens:

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjbn9vBsevKAhWFkZAKHUL7AXAQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fcultura.culturamix.com%2Fregional%2Famericas%2Fcultura-indigena&bvm=bv.113943665,d.Y2I&psig=AFQjCNEdG4CMeo1KJjFBjbBNMo7kd42GXA&ust=1455131510377228

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjhrbzEsOvKAhVJhZAKHXUzCAkQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Finstitutoculturalinga.com.br%2F2015%2F10%2Flancamento-de-edital-com-foco-no-acervo-interesse-memorial-para-a-cultura-indigena-brasileira%2F&bvm=bv.113943665,d.Y2I&psig=AFQjCNG9gO0VpVGzH3voEEp1IcS09jRmrQ&ust=1455130331704668

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiC0LW4sOvKAhXKjpAKHZoYAPEQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.pensamentoverde.com.br%2Fatitude%2Finfluencias-indigenas-presentes-cultura-brasileira%2F&bvm=bv.113943665,d.Y2I&psig=AFQjCNHMe52njuy6VOBoH8elleveNTMTig&ust=1455130547844975

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https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjMn_X7r-vKAhWICpAKHS7vCwQQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fmato-grosso%2Ffotos%2F2011%2F11%2Fveja-galeria-com-imagens-de-aldeia-de-indios-do-interior-de-mato-grosso.html&psig=AFQjCNGFky7hdGLAjMU1nryv3zOgutxr4w&ust=1455130827896580

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http%3A%2F%2Fwww.ufac.br%2Fportal%2Fnews%2Fufac-forma-1a-turma-de-professores-indigenas&psig=AFQjCNEvby1nUk1a9PTsHjwSdXuxzxnUcQ&ust=1455131029103162


Poemas Indígenas


Respeito aos índios
Os índios merecem todo o nosso
Respeito, carinho e amor.
Até hoje algumas tribos
vivem em aldeias, preservando com garra sua própria raça.
Quando os portugueses aqui
chegaram já encontraram os índios
vivendo e tomando conta das nossas terras.
Os índios respeitam e preservam a
Natureza. Amam os animais e cuidam
Com carinho, amor e imenso respeito
da nossa fauna e da nossa flora.
Vivem em contato com a natureza e consideram-se
os verdadeiros donos das terras.
Os índios seguem uma alimentação natural e
Saudável, por isso geralmente são fortes, risonhos
E felizes, principalmente aqueles que não têm
Contato com os homens brancos.
Adoram caçar, pescar e plantar!
Tirando da terra sua alimentação e sobrevivência
preferem viver longe da civilização,
pois têm sua própria cultura e suas próprias leis.
Vamos amar nossos índios com todo o respeito
Que eles merecem!
Eles fazem parte da história do nosso povo!
Eles fazem parte da história do nosso país!
É importante que os índios sejam lembrados todos os dias como nossos irmãos,
pois dão exemplo de pureza e dignidade sempre.
Adoradores da lua e do sol,
Vivem em perfeita harmonia com mares, rios e Florestas!
Verdadeiros donos das nossas terras!
Antonio Marcos Pires


SOU TUPIINDIO
Foi o nome que me deram.
A minha origem escolhi.            
Neste solo já lutei.
Nesta história já sofri.
Mas um homem guerreiro,
nunca foge às suas origens,
e nos orgulhamos de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Temos que pisar no chão,
proteger a natureza
de todo coração.
Não importa o que dizem de mim.                              
Importa o que sinto,                                                                             
o que sou,
o orgulho de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Nesse mundo (des)globalizado
temos que resistir.
Homenagear, é manter vivo
um pouco da Geografia, da História...

É ser um homem guerreiro: apocalíptico,
com um destino a seguir.
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.                   
Nesse Brasil miscigenado,
temos que pisar no chão,
valorizar a terra preta
para ensinar na educação.
Ambiental? Pode ser,
o importante é proteger a natureza
de todo coração.
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Não importa o que dizem de mim.
Importa o que sinto,
o que sou,
o orgulho de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto guerreiro,
que ainda resisto por aqui.
Eduardo de Almeida Cunha



ÍNDIO, SIMPLESMENTE ÍNDIO
A mata, desmatada.
Nosso povo humilhado,
Nossa terra roubada,
Nosso povo escravizado.
Plantas medicinais,
Em mãos de multinacionais,
Que roubadas, de forma cínica,
São exportadas e retornam
A  preço de ouro, cheias de química.
Somos uma sociedade milenar,
Temos muito a ensinar.
Para que moto-serra?
Se é tão fácil cuidar da terra,
Preservando a natureza.
Porque assim, com certeza,
Teremos ar melhor para respirar.
O homem-branco,
Fez o seu próprio barranco,
Que está prestes a desmoronar.
O rio está secando,
A temperatura do ar aumentando.
Pejorativamente, dizem que somos ¨índios¨.
Mas não somos nós
Que, com a natureza, estamos acabando.
Somos ÍNDIOS, sim!!
Um povo CIVILIZADO,
Que trata a natureza, a terra, com cuidado,
Para não morrermos de maneira vulgar,
Como vai morrer esse homem branco marginalizado!!!
Somos ÍNDIOs, simplesmente, ÍNDIO somos!!!
Paulo Odair Silva



GARRA DOS NATIVOS
No dia 19 de abril
Uma data importante
vamos comemorar
Pois é dia do índio
Um povo que ajudou
A nação brasileira a se formar.
Não podemos nos esquecer
Da sua grande contribuição
Para a nossa cultura
Na culinária e nos costumes
Um grande legado nos deixou
O TALENTO dos índios
Foi para nós, muito enriquecedor.
Temos o sangue indígena nas nossas veias
Isso prova as nossas qualidades
Povo guerreiro e trabalhador
Isso é Brasil, meu senhor!
Quando os portugueses aqui chegaram
O ÍNDIO encontraram;
Tentou-se  tirar sua identidade
E também o seu valor.
Com autoridade, o branco
Quis mudar  sua tradição
Impôs-lhe uma vestimenta.
Queriam acabar com a sua atuação
De participar da cultura dessa nação.
Os jesuítas queriam,
A sua missão cumprir,
De o ÍNDIO catequizar,
Impor sua religião,
Para neles mandar.
Não foi só isso não.
A língua queria lhe impor
Pois acreditavam que
O que falava não tinha valor.
Mas os índios não eram bobos
Não aceitaram as imposições facilmente
Lutaram contra as armadilhas
Daquela situação deprimente.
Fracos, os índios não são,
Disso, temos certeza.
Possuem garra e coragem
Para defender a sua gente
Se tal feito não conseguiram realizar
Foi pela superioridade DAQUELES
Que só sabem mandar.
Infelizmente, os brancos conseguiram,
O ÍNDIO dominar,
Por possuírem o tal PODER
Que impedia o nativo de a luta continuar.
 Marlene de Sá Reis



SOU ÍNDIO, SOU BRASILEIRO. SOU INDEPENDENTE?
Sou brasileiro
Mas tenho vergonha do passado
E do presente
Quando aqui chegaram “os donos do mundo”
Pra usar o alheio e servir de mau exemplo às futuras gerações – presente vivido
Portanto me envergonho do que aconteceu em mil e quinhentos
Sou brasileiro!
Mas tem uns “mas”
Mas tem pessoas desonestas
Mas tem prostituição infantil
Mas tem o perigo constante
E é aí que baixo minha cabeça
Quando me lembro da corrupção com consequências imediatas
Posso até dizer que sou brasileiro...
Mas preciso dizer tantas coisas:
Salário minguado
Desvios de verbas
Paraísos fiscais
Também tenho que dizer:
O paraíso dos ricos é o inferno dos pobres.
Sou brasileiro!
Mas queria ser daquele belo tempo
Dos índios tupis
Da tribo guerreira
Do povo caraíba
Dos Jês e Tupinambás.
Queria ser do tempo
Em que ninguém era brasileiro
Não precisávamos de dinheiro.
Vivíamos em tribos reunidas, compartilhando os mesmos ideais.
Não havia corrupção, nem ganância pelo poder.
Não havia miséria, nem salários de fome.
Vivíamos da terra, do que nos dava a Mãe-Natureza.
A aldeia era o nosso lar.
Mas amo minha terra
Ela não tem culpa
Só quer o nosso bem-estar social...
Bem que ela tenta produzir e repartir o pão
Davi Machado Portela


INDOMÁVEL
Sou descendente de nativos,
A selva minha identidade,
Viver da caça e pesca,
Da coleta e na liberdade.
Destruíram este conjunto,
Tudo é privado, propriedade
Escravos da “civilização”,
“Progresso”, “confinamento”, cidade.
Sonho com este paraíso,
O sabor puro da terra,
Aqui o sol queima na laje,
Poluição e motores que aceleram.
Impregnado na mata infinita,
Barulho do arco, lançar a flecha.
Muitas portas e janelas,
Aqui batem e se fecham.
Íntegros do eco sistema,
Harmonia com fauna e flora.
Viver nas ruas e calçadas,
E pra comer pedir esmola.
Vivendo entre a loucura,
Nada conheço deste mundo.
Nos exploram com outra cultura,
E para o mercado somos vagabundos.
Clairton Buffon


TRIBUTO AO ÍNDIO
O povo índio merece
Toda consideração,
Pois ele foi dessa terra
O primeiro guardião,
Ou seja, o primeiro clã
Que habitou nosso chão.
Antes de nossa chegada
Como o índio era feliz!
Tinha a mãe natureza
Como suprema matriz
Da qual extraía a seiva
Necessária ao seu matiz.
A mãe natureza era
Ao extremo respeitada
Porque o índio entendia
Que sem ela ele era nada.
Neste tempo, Pindorama,
Realmente foste amada!
Não tinha poluição,
Queimadas, desmatamento.
Não havia inseticida.
Era puro, o alimento.
O globo sorria alegre
Livre do aquecimento.
O índio só extraía,
da natureza, a essência
A qual fosse necessária
À sua sobrevivência.
Tinha então com o meio
Perfeitíssima convivência.
Não tinha capitalismo
Selvagem ou domesticado.
Com união e respeito,
Todo mundo era tratado.
Cada índio tinha o seu
Espaço igual reservado.
Então chegam os europeus
Com o "verdadeiro ideal"
De vida e se escandaliza
Diante do Natural.
Farejam a terra do índio
Como alvo principal.
O índio então vai cedendo
Iludido ou obrigado.
Entrega suas riquezas
Entre elas o legado
Cultural que invadido
Se torna fragilizado.
Quando o índio percebe
Deus! Já é tarde demais...
Os que se diziam amigos
Eram inimigos fatais.
Tomariam suas terras
Com covardia voraz.
Um minuto de silêncio,
Peço ao amigo leitor
Pelo massacre expedido
Que causara grito e dor.
Chamamos dizimação,
Esses atos de horror.
Sinto-me envergonhado,
Caro índio, nesse dia.
Sei que nenhuma desculpa
Vai curar a tirania
Praticada contra ti.
Teu sangue não silencia.
Mesmo assim peço perdão
Por todo o mal que te fiz.
Não é certo massacrar.
Dar vazão à cicatriz
Incurável em função
Da construção de um país.
Se for possível perdoe
Esta vã humanidade
Que se destrói dia-a-dia.
Para ela, na verdade,
O dinheiro e não a vida
Tem maior prioridade.
Percorro quinhentos anos
E ao povo índio contemplo
Na certeza de que ele
É o mais elevado exemplo
De vida a ser seguido
Pelo mundo em qualquer tempo.
 Manoel Messias Belizario Neto


A VIDA DO ÍNDIO
O índio lutador,
Tem sempre uma história pra contar.
Coisas da sua vida,
Que ele não há de negar.
A vida é de sofrimento,
E eu preciso recuperar.
Eu luto por minha terra,
Porque ela me pertence.
Ela é minha mãe,
E faz feliz muita gente.
Ela tudo nos dá,
Se plantarmos a semente.
A minha luta é grande,
Não sei quando vai terminar.
Eu não desisto dos meus sonhos,
E sei quando vou encontrar.
A felicidade de um povo,
Que vive a sonhar.
Ser índio não é fácil,
Mas eles têm que entender.
Que somos índios guerreiros.
E lutamos pra vencer.
Temos que buscar a paz,
E ver nosso povo crescer.
Orgulho-me de ser índio,
E tenho cultura pra exibir.
Luto por meus ideais,
E nunca vou desistir.
Sou Pataxó Hãhãhãe,
E tenho muito que expandir.
 Katherinne Soares

Referência:

http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/indio