Poemas Indígenas
Respeito aos índios
Os índios
merecem todo o nosso
Respeito,
carinho e amor.
Até hoje
algumas tribos
vivem em
aldeias, preservando com garra sua própria raça.
Quando os
portugueses aqui
chegaram
já encontraram os índios
vivendo e
tomando conta das nossas terras.
Os índios
respeitam e preservam a
Natureza.
Amam os animais e cuidam
Com
carinho, amor e imenso respeito
da nossa
fauna e da nossa flora.
Vivem em
contato com a natureza e consideram-se
os
verdadeiros donos das terras.
Os índios
seguem uma alimentação natural e
Saudável,
por isso geralmente são fortes, risonhos
E
felizes, principalmente aqueles que não têm
Contato
com os homens brancos.
Adoram
caçar, pescar e plantar!
Tirando
da terra sua alimentação e sobrevivência
preferem
viver longe da civilização,
pois têm
sua própria cultura e suas próprias leis.
Vamos
amar nossos índios com todo o respeito
Que eles
merecem!
Eles
fazem parte da história do nosso povo!
Eles
fazem parte da história do nosso país!
É
importante que os índios sejam lembrados todos os dias como nossos irmãos,
pois dão
exemplo de pureza e dignidade sempre.
Adoradores
da lua e do sol,
Vivem em
perfeita harmonia com mares, rios e Florestas!
Verdadeiros
donos das nossas terras!
Antonio Marcos Pires
SOU TUPIINDIO
Foi o
nome que me deram.
A minha
origem escolhi.
Neste
solo já lutei.
Nesta
história já sofri.
Mas um
homem guerreiro,
nunca
foge às suas origens,
e nos
orgulhamos de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto
guerreiro,
que ainda
resisto por aqui.
Temos que
pisar no chão,
proteger
a natureza
de todo
coração.
Não
importa o que dizem de mim.
Importa o
que sinto,
o que
sou,
o orgulho
de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto
guerreiro,
que ainda
resisto por aqui.
Nesse
mundo (des)globalizado
temos que
resistir.
Homenagear,
é manter vivo
um pouco
da Geografia, da História...
É ser um
homem guerreiro: apocalíptico,
com um
destino a seguir.
Sou tupi,
garoto
guerreiro,
que ainda
resisto por aqui.
Nesse
Brasil miscigenado,
temos que
pisar no chão,
valorizar
a terra preta
para
ensinar na educação.
Ambiental?
Pode ser,
o
importante é proteger a natureza
de todo
coração.
Sou tupi,
garoto
guerreiro,
que ainda
resisto por aqui.
Não
importa o que dizem de mim.
Importa o
que sinto,
o que
sou,
o orgulho
de ser.
Por quê?
Sou tupi,
garoto
guerreiro,
que ainda
resisto por aqui.
Eduardo de Almeida Cunha
ÍNDIO, SIMPLESMENTE ÍNDIO
A mata,
desmatada.
Nosso
povo humilhado,
Nossa
terra roubada,
Nosso
povo escravizado.
Plantas
medicinais,
Em mãos
de multinacionais,
Que
roubadas, de forma cínica,
São
exportadas e retornam
A preço de ouro, cheias de química.
Somos uma
sociedade milenar,
Temos
muito a ensinar.
Para que
moto-serra?
Se é tão
fácil cuidar da terra,
Preservando
a natureza.
Porque
assim, com certeza,
Teremos
ar melhor para respirar.
O
homem-branco,
Fez o seu
próprio barranco,
Que está
prestes a desmoronar.
O rio
está secando,
A
temperatura do ar aumentando.
Pejorativamente,
dizem que somos ¨índios¨.
Mas não
somos nós
Que, com
a natureza, estamos acabando.
Somos
ÍNDIOS, sim!!
Um povo
CIVILIZADO,
Que trata
a natureza, a terra, com cuidado,
Para não
morrermos de maneira vulgar,
Como vai
morrer esse homem branco marginalizado!!!
Somos
ÍNDIOs, simplesmente, ÍNDIO somos!!!
Paulo Odair Silva
GARRA DOS NATIVOS
No dia 19
de abril
Uma data
importante
vamos
comemorar
Pois é
dia do índio
Um povo
que ajudou
A nação
brasileira a se formar.
Não
podemos nos esquecer
Da sua
grande contribuição
Para a
nossa cultura
Na
culinária e nos costumes
Um grande
legado nos deixou
O TALENTO
dos índios
Foi para
nós, muito enriquecedor.
Temos o
sangue indígena nas nossas veias
Isso
prova as nossas qualidades
Povo
guerreiro e trabalhador
Isso é
Brasil, meu senhor!
Quando os
portugueses aqui chegaram
O ÍNDIO
encontraram;
Tentou-se tirar sua identidade
E também
o seu valor.
Com
autoridade, o branco
Quis
mudar sua tradição
Impôs-lhe
uma vestimenta.
Queriam
acabar com a sua atuação
De
participar da cultura dessa nação.
Os
jesuítas queriam,
A sua
missão cumprir,
De o
ÍNDIO catequizar,
Impor sua
religião,
Para
neles mandar.
Não foi
só isso não.
A língua
queria lhe impor
Pois
acreditavam que
O que
falava não tinha valor.
Mas os
índios não eram bobos
Não
aceitaram as imposições facilmente
Lutaram
contra as armadilhas
Daquela
situação deprimente.
Fracos,
os índios não são,
Disso,
temos certeza.
Possuem
garra e coragem
Para
defender a sua gente
Se tal
feito não conseguiram realizar
Foi pela
superioridade DAQUELES
Que só
sabem mandar.
Infelizmente,
os brancos conseguiram,
O ÍNDIO
dominar,
Por
possuírem o tal PODER
Que
impedia o nativo de a luta continuar.
Marlene de
Sá Reis
SOU ÍNDIO, SOU BRASILEIRO. SOU INDEPENDENTE?
Sou
brasileiro
Mas tenho
vergonha do passado
E do
presente
Quando
aqui chegaram “os donos do mundo”
Pra usar
o alheio e servir de mau exemplo às futuras gerações – presente vivido
Portanto
me envergonho do que aconteceu em mil e quinhentos
Sou brasileiro!
Mas tem
uns “mas”
Mas tem
pessoas desonestas
Mas tem
prostituição infantil
Mas tem o
perigo constante
E é aí
que baixo minha cabeça
Quando me
lembro da corrupção com consequências imediatas
Posso até
dizer que sou brasileiro...
Mas
preciso dizer tantas coisas:
Salário
minguado
Desvios
de verbas
Paraísos
fiscais
Também
tenho que dizer:
O paraíso
dos ricos é o inferno dos pobres.
Sou
brasileiro!
Mas
queria ser daquele belo tempo
Dos
índios tupis
Da tribo
guerreira
Do povo
caraíba
Dos Jês e
Tupinambás.
Queria
ser do tempo
Em que
ninguém era brasileiro
Não
precisávamos de dinheiro.
Vivíamos
em tribos reunidas, compartilhando os mesmos ideais.
Não havia
corrupção, nem ganância pelo poder.
Não havia
miséria, nem salários de fome.
Vivíamos
da terra, do que nos dava a Mãe-Natureza.
A aldeia
era o nosso lar.
Mas amo
minha terra
Ela não
tem culpa
Só quer o
nosso bem-estar social...
Bem que
ela tenta produzir e repartir o pão
Davi Machado Portela
INDOMÁVEL
Sou
descendente de nativos,
A selva
minha identidade,
Viver da
caça e pesca,
Da coleta
e na liberdade.
Destruíram
este conjunto,
Tudo é
privado, propriedade
Escravos
da “civilização”,
“Progresso”,
“confinamento”, cidade.
Sonho com
este paraíso,
O sabor
puro da terra,
Aqui o
sol queima na laje,
Poluição
e motores que aceleram.
Impregnado
na mata infinita,
Barulho
do arco, lançar a flecha.
Muitas
portas e janelas,
Aqui
batem e se fecham.
Íntegros
do eco sistema,
Harmonia
com fauna e flora.
Viver nas
ruas e calçadas,
E pra
comer pedir esmola.
Vivendo
entre a loucura,
Nada
conheço deste mundo.
Nos
exploram com outra cultura,
E para o
mercado somos vagabundos.
Clairton Buffon
TRIBUTO AO ÍNDIO
O povo
índio merece
Toda
consideração,
Pois ele
foi dessa terra
O
primeiro guardião,
Ou seja,
o primeiro clã
Que
habitou nosso chão.
Antes de
nossa chegada
Como o
índio era feliz!
Tinha a
mãe natureza
Como
suprema matriz
Da qual
extraía a seiva
Necessária
ao seu matiz.
A mãe
natureza era
Ao
extremo respeitada
Porque o
índio entendia
Que sem
ela ele era nada.
Neste
tempo, Pindorama,
Realmente
foste amada!
Não tinha
poluição,
Queimadas,
desmatamento.
Não havia
inseticida.
Era puro,
o alimento.
O globo
sorria alegre
Livre do
aquecimento.
O índio
só extraía,
da
natureza, a essência
A qual
fosse necessária
À sua
sobrevivência.
Tinha
então com o meio
Perfeitíssima
convivência.
Não tinha
capitalismo
Selvagem
ou domesticado.
Com união
e respeito,
Todo
mundo era tratado.
Cada
índio tinha o seu
Espaço
igual reservado.
Então
chegam os europeus
Com o
"verdadeiro ideal"
De vida e
se escandaliza
Diante do
Natural.
Farejam a
terra do índio
Como alvo
principal.
O índio
então vai cedendo
Iludido
ou obrigado.
Entrega
suas riquezas
Entre
elas o legado
Cultural
que invadido
Se torna
fragilizado.
Quando o
índio percebe
Deus! Já
é tarde demais...
Os que se
diziam amigos
Eram
inimigos fatais.
Tomariam
suas terras
Com
covardia voraz.
Um minuto
de silêncio,
Peço ao
amigo leitor
Pelo
massacre expedido
Que
causara grito e dor.
Chamamos
dizimação,
Esses
atos de horror.
Sinto-me
envergonhado,
Caro
índio, nesse dia.
Sei que
nenhuma desculpa
Vai curar
a tirania
Praticada
contra ti.
Teu
sangue não silencia.
Mesmo
assim peço perdão
Por todo
o mal que te fiz.
Não é
certo massacrar.
Dar vazão
à cicatriz
Incurável
em função
Da
construção de um país.
Se for
possível perdoe
Esta vã
humanidade
Que se
destrói dia-a-dia.
Para ela,
na verdade,
O
dinheiro e não a vida
Tem maior
prioridade.
Percorro
quinhentos anos
E ao povo
índio contemplo
Na
certeza de que ele
É o mais
elevado exemplo
De vida a
ser seguido
Pelo
mundo em qualquer tempo.
Manoel
Messias Belizario Neto
A VIDA DO ÍNDIO
O índio
lutador,
Tem
sempre uma história pra contar.
Coisas da
sua vida,
Que ele
não há de negar.
A vida é
de sofrimento,
E eu
preciso recuperar.
Eu luto
por minha terra,
Porque
ela me pertence.
Ela é
minha mãe,
E faz
feliz muita gente.
Ela tudo
nos dá,
Se
plantarmos a semente.
A minha
luta é grande,
Não sei
quando vai terminar.
Eu não
desisto dos meus sonhos,
E sei
quando vou encontrar.
A
felicidade de um povo,
Que vive
a sonhar.
Ser índio
não é fácil,
Mas eles
têm que entender.
Que somos
índios guerreiros.
E lutamos
pra vencer.
Temos que
buscar a paz,
E ver
nosso povo crescer.
Orgulho-me
de ser índio,
E tenho
cultura pra exibir.
Luto por
meus ideais,
E nunca
vou desistir.
Sou
Pataxó Hãhãhãe,
E tenho
muito que expandir.
Katherinne
Soares
Referência:
http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/indio